Na Mesa: A Cabana
Arquivado sob (Na Mesa) por Daniel em 17-11-2008
Nas minhas recentes perambulações pelos Estados Unidos, comprei alguns livros. Na verdade, comprei um monte de livros. Foram tantos livros que quase não entraram nas malas. Tantos livros que não cabem mais nas estantes de casa e, para o desgosto de minha esposa, estão empilhados no chão.
Um livro em específico chamou-me a atenção. Ele estava em quase todos os lugares que visitei. O via a venda nos supermercados, nos aeroportos, cafeterias, livrarias e na mão de diversas pessoas. De tanto vê-lo por aí, minha curiosidade se despertou. Fiquei ainda mais interessado quando disseram que era um livro “cristão”. Se bem que nos Estados Unidos chamam muitas coisas de “cristãs”, mas na verdade poucas realmente as são. Por isso resolvi dar uma olhada quando fui a uma livraria e acabei comprando.
O livro chama-se A Cabana (“The Shack” em inglês) e no Brasil é publicado pela Editora Sextante. Essa semana passei na FNAC e lá estava o livro na seção de “Mais Vendidos” com uma parede inteira dedicada somente a ele. Já vendeu mais de dois milhões de cópias no mundo inteiro e está virando uma febre internacional. Uma verdadeira batalha está travada sobre o livro. Muitos cristãos estão abraçando o livro como um divisor de aguas enquanto outros foram bastante críticos e afirmam que o livro é totalmente herético e descartável.
O canadense William Young é o autor do livro. Young era filho de missionários na Nova Guiné, porém sofreu um trauma muito grande nessa época a ser abusado sexualmente por alguém da tribo onde seus pais trabalhavam. Voltou para o Canadá e após certo tempo casou-se. No entanto, a mais de 15 anos, William traiu sua mulher e passou quase 10 anos em terapia buscando o perdão da sua esposa e seus filhos.
Em 2003 Young estava financeiramente quebrado e viu sua casa, onde morou por 19 anos, ser leiloada para quitar suas dívidas. Foi nesse período que decidiu escrever A Cabana. Entregou cópias para seus filhos e para alguns amigos. Ao ver que muitas pessoas estavam pedindo cópias do livro, William Young procurou o pastor Wayne Jacobson para o ajudar na edição do livro, pois acreditava que o mercado para A Cabana era imenso e que muita gente poderia se beneficiar com o livro (mais sobre a história do livro e de Young aqui).
Após 16 meses reeditando o livro, finalmente o manuscrito foi terminado e Young e Jacobsen começaram a enviar o trabalho para as editoras. Para surpresa deles, nenhuma editora aceitou. As editoras seculares acharam que o livro era muito “cristão” e as editoras cristãs acharam o livro muito controverso. Foi então que Young e Jacobsen decidiram publicar o livro eles mesmos, gastando mais de 15 mil dólares do próprio bolso. Lentamente a popularidade do livro foi crescendo até ser incluída no catálogo da Barnes & Noble e virar uma verdadeira febre de vendas.
Diversos famosos como Michael W. Smith e Kathy Lee Gifford fazem elogios ao livro. Uma recomendação na capa da edição em inglês diz algo como: “Esse livro tem o potencial para fazer pela nossa geração o que o livro O Peregrino fez antigamente. É bom assim!” Como está chegando agora no Brasil, o livro ainda não é tão bem conhecido, embora já tenha sido alvo de matéria da revista Veja.
O site da editora Sextante apresenta o livro A Cabana assim:
“Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida da família de Mackenzie Allen Phillips: sua filha mais nova, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontrados numa cabana abandonada.
Imerso numa dor profunda e paralisante, Mack entrega-se à Grande Tristeza, um estado de torpor, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos do desaparecimento da menina, insiste em não diminuir.
Um dia, porém, ele recebe um estranho bilhete, assinado por Deus, convidando-o para um encontro na cabana onde aconteceu o assassinato. Cheio de dúvidas, mas procurando um meio de aplacar seu sofrimento, Mack atende ao chamado e volta ao cenário de seu pesadelo.”
Com exceção de algumas frases truncadas o livro começa muito bem. Se você ler o prefácio fica bastante na dúvida se a história que você vai começar a ler é real ou não. Isso lhe deixa ainda mais interessado. O autor consegue transmitir de forma fácil e envolvente a profunda angústia que cerca Mack após a tragédia que ele enfrenta, gastando diversos capítulos traçando a narrativa do assassinato e a luta desesperada de um pai em busca de salvar sua filhinha. Após descobrir que sua filha foi realmente assassinada dentro de uma cabana no meio do mato Mack começa a duvidar de Deus e criar raiva dEle.
No decorrer do livro, a maior parte dos ensinamentos que o autor almeja passar aparecem através de diálogos que acontecem quando Mack volta para a cabana onde sua filha foi assassinada e lá se encontra com Deus. Nessa parte do livro, o autor tenta quebrar paradigmas sobre Deus ao apresentá-lo como uma mulher negra chamada Papa que gosta de música secular, cozinha bem e tem um ótimo senso de humor. Na cabana Mack também encontra Jesus, um amoroso carpinteiro judeu que tira sarro do tamanho do próprio nariz. O Espirito Santo também está lá e chama-se Sarayu, aparecendo como uma mulher asiática misteriosa, porém cativante.
Mack passa um fim de semana na cabana com a Trindade e sai mudado para sempre. Não quero estragar o livro para quem ainda não leu e por isso vou omitir mais detalhes da história.
Um breve alerta. Como toda alegoria, o autor provavelmente não intencionou que tudo fosse interpretado literalmente. E acredito que devemos dar essa liberdade a ele, pois é uma obra de ficção. Deixe-me exemplificar. Levemos em consideração As Crônicas de Narnia, que é uma alegoria facilmente aceita pelos cristãos, embora um pouco diferente desta. Se fossemos nos apegar a detalhes da alegoria para criticá-la ficariamos anos discutindo se Deus poderia realmente ser figurado como o leão, que demonstra carinho as vezes lambendo o rosto dos seus súditos, etc… Ou que animais não falam e isso deturpa a criação. Não acho essa discussão benéfica.
Entendo que por ser um livro de ficção e uma alegoria, as minhas críticas e elogios passam a ser focados estritamente no seu conteúdo e mensagem e não necessariamente em detalhes da história ou forma de escrita do autor. Por isso vou dizer mais especificamente o que gostei, o que não gostei e o que realmente estranhei no conteúdo e nas idéias que foram passadas no livro.
GOSTEI
- O autor nos envolve com as personagens e nos faz realmente sentir a tragédia.
- O livro ensina que TUDO é sobre Cristo! E a liberdade é um processo que acontece somente dentro de um relacionamento com Ele.
- Afirma a Onisciência de Deus (Deus sabia que Adão cairia e não foi pego de surpresa).
- Jesus é também apresentado como um ser humano e não tem nada de diferente em sua aparência. Não é bonitão, não chama atenção, não é um atleta.
- O capítulo 7 é o que há de melhor no livro. Descreve um jantar que Mack tem com a Trindade e depois da janta uma conversa com Jesus. Esse capítulo quebra diversos estereótipos que as pessoas tem de Deus, de Jesus, do amor de Deus e da vida cristã.
- O livro também ensina que não é o homem que define o que é bom ou mal. Quando o homem quer tomar o lugar de Deus isso só traz problemas.
- Vemos nos diálogos algumas ótimas frases. Em um deles, Deus fala da diferença entre os homens e as mulheres. Em geral, homens buscam plenitude em realizações e as mulheres buscam plenitude em relacionamentos. É por isso que mulheres se identificam mais com a fé cristã e o relacionamento com Deus. Verdade pura na maioria dos casos…
- Mostra que o evangelho e o seguir a Deus são coisas muito simples, mas nunca fáceis.
- Um momento importante do livro é quando Mack descobre que ele não tem direito nenhum de julgar os atos de Deus. A la Paulo em Romanos 9.
- O autor mostra para nós que é errado ter uma visão de Deus Pai como sendo zangado e Deus Filho como amoroso. Isso é uma falsa distinção.
- O livro explica qual era o propósito da lei no Velho Testamento. A lei servia para apontar a nossa sujeira e podridão. E que o ser humano nunca conseguiria cumprir tudo, sempre faltaria algo, precisando assim de um salvador.
- Finalmente, algo precioso ensinado é que Deus não quer estar no topo das nossas prioridades, mas sim quer estar no CENTRO de todas elas.
NÃO GOSTEI
NOTA: Um pouco daquilo que me desagradou não estava necessariamente explícito no texto. Isso foi uma das coisas que mais me irritaram no livro, pois parecia que o autor tentava não ser claro de propósito, deixando uma ocasional heresia no ar. Por isso, ao lado de cada ponto abaixo vou esclarecer se o que estou criticando está explicitamente ou implicitamente caracterizado no decorrer da narrativa. Entendo também que tudo que está implicito pode vir a ser resultado de minha interpretação e impressão e não necessariamente intenção do autor.
- O livro, em diversas ocasiões, zomba da religião tradicional e das Escrituras. (implicitamente e explicitamente) – Será que a religião tradicional é ruim? Acho que o autor passa dos limites ao criticar a Bíblia.
- Afirma que Deus faz tudo de acordo com o tempo e desejo do homem. (explicitamente) – Quem manda em Deus é o homem? Essa pra mim é nova. Mais a frente o autor se contradiz pois fala que quando a decisão está sob a responsabilidade do homem nada de bom acontece. Se isso for verdade, como que o homem toma a decisão por Deus, se nada de bom pode fazer?
- Deixa a entender que Deus entende e aceita que nós sejamos rebeldes e pecaminosos. (implicitamente) – Deus tolera os pecadores e rebeldes, mas não os aceita no sentido eterno. Ele tolera por enquanto.
- Que o seminário não ajuda a entender ou compreender a Deus. (implicitamente) – É certo que muitos saem do seminário mais céticos mas essa não é a regra geral. Recomendo um post do Reverendo Augustos Nicodemus para quem quiser lidar com os males do seminário.
- No livro, Deus diz que não tem nenhuma varinha de condão para apontar pra alguma coisa e consertá-la. Ele tem que trabalhar sem interferir com a vontade humana. (explicitamente) – Se Deus não interfere em momento algum na vontade humana como ele será capaz de assegurar sua vitória final? Se Deus não pode interferir em nada então ele está de mãos amarradas com respeito ao futuro.
- O livro afirma que a liberdade nunca pode ser forçada. (explicitamente) – A ídeia do Livre Arbítrio é muito presente no livro. Não acredito nela pois não vejo na Bíblia, sei que muitos podem discordar e quem sabe façamos um post sobre isso mais a frente. No entanto, a última coisa que quero é que esse blog seja sobre calvinistas vs. arminianos. Combinemos assim, se você não acredita em predestinação, tudo bem. Somos irmãos em Cristo e teremos que aprender a discordar pacificamente (não discutindo isso aqui no Blog). Se alguém quiser extender o assunto de predestinação e soberania de Deus, podemos discutir por e-mail, mas não aqui na seção de comentários.
- Afirma-se também que a criação tem sido arrastada por um caminho muito diferente do que Deus desejava. (explicitamente) – Isso coloca em dúvida a soberania de Deus.
- Em alguns lugares do livro, Deus afirma que no final de tudo Ele vai fazer tudo convergir para o BEM SUPREMO sem violar a liberdade das pessoas. (explicitamente) – Isso é contraditório, pois como disse anteriormente, Deus vai ter que controlar alguma coisa ou escolha para que o final aconteça da forma planejada e como Ele quer.
- Ensina que não existe hierarquia na Trindade e pinta hierarquia como fruto do pecado. Mais a frente vai criticar toda forma de hierarquia humana. (explicitamente) – A Bíblia deixa claro que as três pessoas da Trindade são Deus da mesma forma. No entanto a Bíblia também mostra que Jesus e o Espírito Santo submeteram-se a Deus o Pai e nunca mostra que Deus Pai submete-se a Jesus ou o Espírito Santo. Existe sim uma hierarquia que não é fruto do pecado, e sim uma hierarquia perfeita sem inveja, cobiça e orgulho.
- Deus afirma que não colocou os homens sobre mulheres como responsáveis por elas e líderes. Em outra ocasião Jesus diz que não colocou o homem acima da mulher e que o mundo poderia ser um lugar melhor se as mulheres mandassem. (implicitamente e explicitamente) – Vários textos bíblicos deixam claro que Deus colocou sim o homem como líder da mulher. Não sendo melhor que ela, mas sim seu líder. São funções diferentes. Como disse anteriormente, existe sim uma hierarquia.
- Jesus afirma que ser um seguidor de Jesus não quer dizer que você tem que buscar ser igual a ele. (explicitamente) – Será que não temos que ser imitadores de Cristo conforme está claro na Bíblia? O que fazemos com essa parte das escrituras? Arrancamos fora?
- Deus diz que nunca vai forçar uma união com o homem. Afirma também que amor forçado não é amor de verdade. (explicitamente) – Quem crê em predestinação discorda logo de cara e não vou entrar nesse assunto hoje.
- Ensina-se que as pessoas que encontram a Deus vêm de todos os sistemas existentes: Budistas, mormons, batistas e muçulmanos, Democratas, republicanos e muitos que não pertencem a partidos, instituições ou religiões. (implicitamente) – Fica uma impressão de ecumenismo em certos momentos. Esse é realmente um problema do livro. Muito pouco é dito sobre salvação verdadeira. O foco é sempre em relacionamento (que não está 100% errado) mas a conversão envolve também arrependimento, mudança de vida além do relacionamento com Deus.
- Num momento, Deus afirma que Ele não usa a morte para trazer mudanças. (explicitamente) – Sério mesmo? E o que Ele fez com Cristo? Não foi uma morte para trazer mudanças?
- O livro afirma que Deus não humilha, condena ou culpa as pessoas. (explicitamente) – Será mesmo? E o julgamento final será o que? Deus não fará todas essas coisas? Pode ser que agora não o faça tanto, mas no fim dos dias certamente o fará. É só ler Apocalipse e outros trechos da Bíblia que falam sobre o julgamento final.
- Deus também diz que Julgamento não é sobre destruição e sim sobre acertar as contas. (explicitamente) – Como assim? E Apocalipse 19? O julgamento final é sim sobre destruição.
- Ensina-se que Deus perdoou todas as pessoas, mas só algumas aceitam esse perdão. (explicitamente) – Será que Deus realmente perdoou todo mundo? Será que Cristo morreu por todos? Se Jesus morreu por todo mundo, porém não os salva, isso não faz do sacríficio dEle um sacrificio fraco?
- Existe uma ausência de referência à Bíblia e às Escrituras como sendo a palavra de Deus e uma forma de comunicação usada por Deus. Em vários momentos Mack é ensinado pelo Espírito Santo que Deus vai conversar com ele nas pequenas coisas, através de um relacionamento. Que Mack deve procurar ouvir a voz de Deus ao seu redor. (implicitamente e explicitamente) – Embora seja verdade que Deus usa coisas ao nosso redor e coisas pequenas para nos mostrar suas maravilhas e seu cuidado, a maneira mais clara e específica é através da Bíblia. O livro nunca mostra valor pela Palavra de Deus e isso incomoda.
ESTRANHEI
NOTA: Algumas coisas que estão nessa categoria podem estar aqui por terem quebrado algum estereótipo meu, ou apenas me incomodado, sem alguma razão clara pela minha discordância.
- Deus rebolando e ouvindo hip-hop.
- O livro afirma que a razão pela qual Deus é PAI e não MÃE é porque ele sabia que quando a criação caiu, seria muito mais necessário uma paternidade ativa do que uma maternidade ativa. Ambas eram necessárias, mas a enormidade da ausência da paternidade era crítica.
- Afirma-se que o amor só existe por causa da Trindade e porque a Trindade se ama.
- Afirma-se que Deus não pode agir SEM amor. Deus SÓ age em amor. Será? Creio que isso depende da ótica sob a qual é analisada.
- Deus dizer que não quer escravos à sua vontade.
- O livro ataca a instituição da igreja e afirma que a instituição em si não é algo bom, ou não foi o que Deus criou. Diz que Deus não criou as instituições. Acrescenta que instituições, política e economia são coisas ruins e que Deus não liga pra elas. Chama-as de a trindade terrível criada pelo homem que devasta a terra e engana aqueles quem Deus ama. Embora exista um lado negativo das instituições e as tradições criadas por elas, elas servem um propósito benéfico para o reino de Deus. Agora, colocar a culpa da corrupção do mundo sobre as instituições, política e a econômia já é demais.
- Num momento do livro, afirma-se que Jesus não é um Cristão. Como o autor não elabora muito, fica muito no ar o que ele quis dizer com isso. Se ele está combatendo a noção estereotipada que o mundo tem dos cristãos, então tudo bem, agora se ele está falando que os cristãos estão fazendo tudo errado, aí a crítica é equivocada.
- O livro também ensina que a maioria dos caminhos espirituais não levam a lugar nenhum, mas que Deus viaja em qualquer caminho para lhe encontrar. Embora esse ponto não seja muito elaborado no livro, fica um certo gostinho de ecumenismo na leitura.
- Num certo momento, afirma-se que dá pra se notar o Espírito Santo pelo frio na espinha.
- No final do livro, Deus se transforma de uma mulher negra para um homem pois Mack precisa de uma figura paterna.
Enfim, A Cabana de William Young é um livro que inova um pouco no gênero da alegoria e contém alguns ensinamentos preciosos. No entanto, muito do que é ensinado pelo livro é errado e até perigoso. Em certas ocasiões, o autor parece que coloca os pés dentro da piscina das heresias, e quando o leitor começa a suspeitar de que algo está errado, ele rapidamente puxa os pés pra fora dágua e tudo volta ao normal.
Fica muito difícil julgar o livro, pois em certos momentos sente-se que nada que A Cabana está passando vale a pena reter, mas é justamente nesses momentos que o autor surpreende e o leitor acha uma pérola espiritual para guardar.
Como tudo na vida, temos coisas boas e ruins no livro de William Young. No geral, talvez o melhor seria recomendar a leitura para crentes mais maduros e cujo conhecimento bíblico é um pouco mais profundo. Evitando assim que ovelhas mais desatentas sejam influenciados pelos aspectos negativos do livro. Ou então se um crente novo ou descrente estiver lendo o livro, o acompanhamento destes por parte de um cristão mais experiente seria válido.
No entanto, uma censura por completo não seria a melhor opção pois a parte boa do livro é realmente MUITO BOA mostrando claramente o que é ter um relacionamento vivo com Deus. Os estereótipos que são quebrados precisam ser quebrados. Algumas críticas feitas precisam ser feitas. E a mensagem final de esperança somente em Jesus Cristo deve ser pregada.
Por fim, recomendo COM RESTRIÇÕES A Cabana de William Young. Ao ler e envolver-se emocionalmente as vezes fica fácil deixar-se levar e abaixar a guarda e não perceber algo de errado que está sendo passando. Muito cuidado é necessário. Mastigar o conteúdo do livro é essencial buscando sempre confrontá-lo com a Bíblia, retendo o que é bom e descartando o que não presta. O livro não chega nem aos pés de O Peregrino de John Bunyan mas também tem o seu valor.
Livro: A Cabana
Editora: Sextante
Gênero: Ficção
Autor: William P. Young
Olá ,
De fato, é bom ver que as pessoas que amam a Palavra de Deus sabe distinguir joio de trigo, numa leitura que pra mim é mais secular que “religiosa”.
Como o fizera Davint com o código da Bíblia. Personagens reais com uma ‘estoria’ sem base nem néxo.
Fernando,
Obrigado pelo comentário e pela visita.
Abraço,
Daniel
Olá. Cheguei aqui no seu site pelo blog do meu amigo Carlos que publicou algo seu (www.180grauss.blogspot.com). Li seu comentário deste livro, que por algum motivo pensava que era algo meio esotérico, e depois disso comprei e li (em 2 dias).
Gostei da forma de você analisar o livro. E também gostei muito do livro.
Acho que o principal mérito é que ele nos tira da zona de conforto religiosa e nos leva a fazer perguntas que não conhecíamos antes. Digo com relação ao nosso costume com as nossas igrejas. Mas daqui pode sair muita discussão e esse não é o espaço.
No mais, parabéns pela crítica e pelos demais post do site. Aliás, estou esperando mais.
Abraço
Alexandre,
Obrigado pela visita e pelo comentário. Eu queria somente evitar uma discussão calvinismo vs. arminianismo aqui no site, mas se você quiser jogar qualquer outro assunto para debate fique a vontade. O tema que você mencionou é muito interessante. O que poderiamos questionar dentro de nossas igrejas? Quais costumes poderiamos deixar para trás?
Abraço,
Daniel
Olá pessoal, muito interessante esta análise de ” A Cabana”, p/ nós cristãos que gostamos muito de ler, é muito importante a crítica, o comentário de alguem com uma visão melhor, pois muitas vezes lemos alguns livros e qdo. chegamos ao final temos vontade jogar fora, não foi bom, o autor tem uma linguagem ruim, uma forma não clara de descorrer o assunto e nem sempre nos damos conta de coisas hereges que são colocadas, devemos sim mastigar bem, e acima de tudo o que nos dá o discernimento necessário é a palavra de Deus, devemos buscar conhecê-la a cada dia para não engolirmos sapos e outras coisas mais….abraços
Gostei dos seus comentários! Realmente o livro veio pra incomodar, e por isso adorei! Mexeu com meus conceitos esteriotipados em alguns momentos, mas fortaleceu minha relação em outros. A forma de enxergar a relação com a espiriutalidade e como ela se dá foi estimulante. Estou espalhando o livro entre meus amigos e irmãos! Finalmente algo novo e impactante!
Obrigado pela visita Fernando!
Espero que também esteja recomendando o livro com algumas restrições para os seus amigos. 🙂
No entanto, ele sem dúvida chacoalha nossos estereótipos…
Abraço,
Daniel
Bossa nova!
Uma das mais conhecidas: O samba de uma nota só!
O final de uma frase diz: “porque eu sou consequência inevitável de você”.
A mim, me basta uma nota só: CRISTO!
E eu consequência d’Ele.
Nada me chacoalha mais, nada mexe mais com os esteriótipos do que Jesus!
Ele, não uma bossa nova mas a BOA NOVA!
Eternamente numa nota só: O evangelho!
Mastigando,
Carlos Henrique
Eu sempre duvidei desse deus vingativo e destruidor da biblia, e acho q muita coisa dela é mentira, passou pela mao de tanto homem e nao é de graça,, e cada um interpreta do jeito q quer,,, mas se vc acha q ela dever ser levada ao pe da letra, vc entao deve apedrejar uma adultera até matar, pq diz isso em leviticos mas ao mesmo tempo nao mataras pq é uma das leis dos 10 mandamentos,,, ah sinceramente,, esse Deus que vc acredita q vai destruir e queimar e saciar toda sua sede de vingança existe sim,, só que reina la embaixo,,,
Prezado Juscelino,
Se você acredita num Deus que é um marshmallow de amor, que salva todos e passa a mão na cabeça de pecadores revoltados então esse não é o Deus da Bíblia. É um deus criado pela sua imaginação.
O Deus da Bíblia é Amor e Justiça ao mesmo tempo. Equilíbrio completo entre as duas facetas.
Abraço,
Daniel
Heresias 1:1 E disse o homem: façamos um deus à nossa imagem e semelhança;
Heresias 1:2 tenha ele pelo rosado, 1m de estatura e um coração vermelho no peito,
Heresias 1:3 e viva nas nuvens, com seus semelhantes.
=P
hehehe daniel,,, foi exatamente o q eu disse,, que nao acredito na biblia e dei um exemplo do pq disso,,,, mais me diga vc vc é a favor do apedrejamento de adulteras q acontece ainda hj no oriente médio???
GOSTEI DE SEUS COMENTARIOS E GOSTEI DO LIVRO TAMBEM SOU CRISTÃ E APRENDI MUITO LENDO O LIVRO E TENDO UM VISAO DA FORMA DO AMOR DE DEUS
Com todo respeito irmao,,,, quero te perguntar a biblia traz mais bem ou mal para nosso mundo??? talvez Deus nao se agrade de alguns trechos dela,,,, é o q acho… abraço
Olá Juscelino. Obrigado pela resposta. Na verdade posso até reverter a pergunta. Os maiores massacres da mundo moderno não foram cometidos por cristãos (Hitler, Stalin, a febre de abortos acontecendo nos Estados Unidos e no mundo, etc…). Toda religião (e até uma suposta ausência de religião) pode ser torcida pelo ser humano e utilizada para fazer o mal ou de forma egoísta.
O problema está no ser humano meu caro e não necessariamente na religião.
Agora, me cite um trecho da Bíblia que você acredite ser desagradável a Deus. Fiquei curioso pra saber o que você tem em mente.
Abraço,
Daniel
Motor,
Não é porque você se desagrada com porções da bíblia que também Deus deveria fazê-lo.
Além do mais: se esse deus em que você desacredita (ou crê da sua maneira) não existe (ou existe do seu jeito), que raios você quer discutir sobre ele?
Se você deseja discutir sobre o Deus da bíblia, deve ser como a bíblia o apresenta. Selecionar porções e interpretá-las erroneamente não é honesto, nem para quem supostamente não crê em Deus.
Abraços
Me surpreendi em encontrar numa livraria evangélica um livro da editora sextante. Mas acabei comprando. Ainda não li, mas já estava “de orelha em pé” por conta da editora (coisa minha ou será que ela edita mesmo muitos livros biblicamente “ruins”?)
Bom, ja comprei sabendo que teria que anotar coisas e fazer perguntas, ou seja, ler “com o radar ligado”, mas antes gostaria de ter certeza e por isso fiz uma pesquisa sobre o livro até chegar aqui. Agradeço muito por sua análise e peço que continue este trabalho. É muito importante!!
Liliane,
É bom ver gente por aí que está com o radar ligado! Que Deus lhe dê discernimento ao ler o livro. Se quiser colocar seus próprios comentários sobre A Cabana aqui no site, fique a vontade.
Abraço,
Daniel
desculpe a demora, nao estava muito bem ultimamente… Andre vamos por partes, sua primeira pergunta o q acho q desagrada a Deus na biblia,, vou lhe responder que o machismo imposto nela,, todos os dicipulos serem homens e as mulheres sempre servindo os homens,,, há uma passagem em que Paulo atribui a mulher o pecado do mundo por causa da historia da maçã,,, Nao parece coisa da atiguidade ou de até uns 30 anos atraz pensar desse jeito??? Sera q os HOMENS (e nao Deus) que escreveram a biblia nao a moldaram a seus gostos??? e se vc ler a super interessante desse mes vai ver q por cada mao em que a biblia passou ela foi se moldando de acordo com os povos e seus reis…. Talvez Cristo tenha sido vegetariano e pra nao ocorrer um prejuizo no comercio de peixes e carne,,, omitiram esse detalhe,,, Daniel nao é porque o HOMEM escreveu na capa BIBLIA SAGRADA, que ela realmente seja sagrada….
e quanto seu segundo comentario,,, eu sinto muito se vc só consegue perceber Deus atravéz desse livro q passou por 306 bilhoes de maos humanas… Eu conheço Deus conforme ele age em minha vida,, suas liçoes,,, sua obras maravilhosas,,,sinto ele em mim o tempo inteiro,, mas principalmente quando estou só na natureza,,,, O sentido da vida me mostra como ele é,, como age e tal,,,, até te confesso que leio miuto a biblia sim,, existem livros maravilhosos,, mas nao creio em tudo,, talvez eu esteja erredo sim,, mas preiro amar a Deus do que teme-lo,,, eu só temo o que me faz mau.
e se vc nao é capaz de explicar as “porcoes que eu seleciono da biblia” confesse fica mais bonito…
ha e mais um detalhe,,, vc citou Hitler e errou,,, pois Hitler era anti-semita q acredita q os judeus sao os culpados pela morte de cristo ou seja a biblia estava envolvida sim…
Olá Juscelino,
Obrigado pela interação.
Esclarecendo algumas coisas: 1) a Bíblia em nenhum momento isenta o homem sobre a entrada de pecado no mundo. Ele foi tão conivente quanto a mulher e tão responsável quanto. As pessoas que dizem que a Bíblia é um livro machista nunca pararam pra ler o que a Bíblia diz sobre os papéis do homem e da mulher. Na verdade a Bíblia exalta tanto as mulheres que mandam os homens amarem suas esposas igual como Cristo ama a Igreja. Ou seja, sacrifício total, amor total, e dedicação total. Isso é machista?
2) Você diz ter problemas na maneira como nós recebemos a Bíblia. Disse que foi escrita a milhares de anos, tem vários autores e foi manipulada, etc… Agora deixe-me perguntar, se Deus aparecesse pra você num desses seus passeios pela floresta e lhe desse um livro. E Deus dissesse pra você que esse livro era a Bíblia. E que era pra você divulgar essa mensagem no mundo. Você acha que as pessoas acreditariam em você? Você acha que se Deus tivesse feito isso a dois mil anos atrás, nós acreditariamos nisso hoje? Fale a verdade, você não tem problema com a MANEIRA em que recebemos a Bíblia, pois o ser humano cético duvidaria até se Deus falasse diretamente com ele. O problema real é o CONTEÚDO da Bíblia com o qual você não concorda. Sendo completamente sincero QUALQUER jeito que Deus buscasse pra se comunicar com o ser humano nós duvidariamos dEle. A verdade é que Deus escolheu usar diversas pessoas ao longo de centenas de anos pra nos passar a sua verdade. Esse foi o jeito dEle.
3) Você diz que teme só aquilo que lhe faz mal. Está certo disso? Nunca temeu seu pai, ou sua mãe, ou a pessoa que lhe criou e lhe educou? Essas pessoas lhe queriam mal? O problema é que hoje em dia querem fazer de Deus uma mistura de Ronald McDonald com um Ursinho Carinhoso e portanto a sociedade afirma que Deus somente pode ser amor e não justiça. Deus é os dois! Amor E Justiça. Não entendo realmente porque as pessoas fogem desse aspecto da pessoa de Deus. Existe um lado bom da justiça que as pessoas não querem aplicar para Deus…
4) Você afirmou que sente Deus o tempo todo, especialmente na natureza. É claro que sente. A Bíblia mesmo afirma isso em Romanos 1;20: “Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas…”. Agora, será que esse pequeno contato que você tem com Deus é suficiente para resolver o seu problema? Essa primeira parte do versículo mostra que a existência de Deus pode realmente ser comprovada pela natureza, mas a segunda parte desse versículo é que realmente importa. Diz que já que o ser humano consegue ver Deus existe através da natureza ele se torna “inescusável”, sem desculpas perante Deus. O versículo 21 ainda adianta: “porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.” Veja que saber que Deus existe, e no entanto não glorificá-lo como Deus (entregando sua vida por completo a Ele), ou começar a viajar nas próprias especulações sobre a vida, não adianta nada. Não duvido, caro Juscelino, que você realmente saiba que Deus exista e já sentiu a sua presença. No entanto, você só caminhou parcialmente no caminho. O resto do caminho é esse: entregar sua vida para Jesus Cristo, sabendo que ele morreu para perdoar os nossos pecados, e que por isso, você estará limpo perante Deus, se tornando seu Filho.
Abraço,
Daniel
Juscelino,
Tem certeza que Hitler perseguia os judeus porque eles mataram Cristo? Se alguém realmente lhe ensinou que o Holocausto teve suas raízes num Cristianismo mal fundamentado eu sinto muito. Se fosse você corria logo pra uma livraria e comprava alguns livros de história para dar uma atualizada pois essa teoria realmente nunca andou com pernas próprias…
Abraço,
Daniel
Tenho certeza absoluta daniel,,, e nem preciso correr a uma biblioteca,, sou louco por historia,, vou te ensinar um pouco,, qdo jovem hitler tinha 2 paixoes, uma era a arte, e outra era ler livros anti-semitas,, q são livros q induzem as pessoas a odiarem os judeus usando muitos trechos da biblia como referencia da “inferioridade” desse povo… Vc devia deixar a biblia na mesinha de vez em qdo e adquirir um pouco de cultura.. Acredito q o Deus da justiça q vc cre nao vai te mandar pro inferno só por causa disso… falow abraços….
Juscelino, se quer realmente ter um debate sobre as fontes do anti-semitismo de Hitler, por favor cite suas fontes. Assim pelo menos poderemos ler-las e entender de onde os seus pontos estão vindo. Qualquer um pode dizer o que quiser sobre o que motivou Hitler, porém todas as biografias que lí (e lí várias) apresentam o seu anti-semitismo como um fenômeno que ocorreu depois que ele se deu mal como artista e ficou empobrecido. A raiva que ele tinha era dos judeus ricos, banqueiros, que administravam os recursos dos outros e que (de acordo com ele) detinham o poder.
No entanto, isso é um assunto completamente distinto do assunto principal. O Daniel respondeu várias das suas outras afirmações. Creio que seria mais proveitoso conversar naquelas outras linhas, ao invés de tentar continuar a falar sobre Hitler, que pode ou não (os historiadores divergem) ter usado o Cristianismo como desculpa (mas não razão) para impetrar os seus crimes sobre os judeus.
Feliz Natal pra você! Celebre o nascimento de Cristo e a sua vinda à Terra. Abraços, David.
Gostei do livro. Aliás Amei!!
Como o próprio autor cita , é uma obra de ficção. Portanto o intuito é mesmo chacoalha..
Comecei a pensar de uma maneira diferente, pois aproveitei o melhor de bom que ele tinha para oferecer. Não só estou recomendando ,mas presenteando os meus amigos. Não faço restrições..
Tudo é uma questão de escolha…..
Dalena,
Fico feliz que o livro te abençoou, mas ressalto que é importante reter o que é bom, e dispensar o que é ruim. Concordo que tudo pode ser uma questão de escolha, mas mesmo assim, existem escolhas ruins não?
Abraço e um feliz natal!
Daniel
Pois é Daniel. isto é o livre árbrito.. , somos responsáveis pelas nossas escolhas.
Feliz Natal!
David a conversa só tomou este rumo qdo citaram o hitler dizendo q ele nao tinha nada a ver com a biblia,,, uma boa fonte q posso lhe citar é a revista historia viva sobre o hitler… feliz natal e obrigado.
e sobre o livro gostaria de saber,, o autor escreveu essa historia como sendo real,, realmente existe esse mack ou foi uma estoria q ele fez para os filhos??
Juscelino –
Só para por esta conversa de Hitler para dormir, quero fazer algumas observações:
1. O Daniel não disse que Hitler nunca teve nada a ver com a Bíblia. Simplesmente disse que Hitler não era Cristão.
2. Se você duvida que Hitler não era Cristão, ou que ele achava que a religião era de alguma forma compatível com as suas motivações políticas, cito para você o livro Hitler’s Table Talk 1941-1944: Secret Conversations, disponível através do link (e infelizmente esgotado na Livraria Cultura). Traduzindo alguns trechos:
Noite de 11-12 de julho, 1941: “O Socialismo Nacional e a religião não podem co-existir…o pior evento a acontecer à humanidade foi a vinda do Cristianismo. O Bolshevismo [ou como ficou conhecido depois, o Comunismo] é o filho bastardo do Cristianismo. Ambos são invenções do Judeu. A mentira proposital sobre a religião foi introduzida no mundo pelo Cristianismo…Não seja dito que o Cristianismo trouxe ao mundo a vida da alma, pois esta evolução estava na ordem natural das coisas.” (pp. 6-7)
14 de Outubro, 1941, meio-dia: “A melhor coisa é permitir que o Cristianismo morra uma morte natural…Quando o entendimento sobre o universo se tornar comum…o absurdo da doutrina Cristã será visto…o Cristianismo atingiu o pico do absurdo…E é por isso que um dia a sua estrutura cairá por sobre si mesma…a únicam maneira de nos livrarmos do Cristianismo é permitir que ele morra pouco a pouco…Cristianismo é a mentira…Nos certificaremos que as Igrejas não possam divulgar ensinos que estejam em conflito com os interesses do Estado.” (pp. 49-52)
Em vista destes pronunciamentos pelo próprio Hitler, podemos ver que (1) Hitler não era mesmo Cristão, e tinha raiva tanto dos Cristãos como dos Judeus, (2) a sua filosofia era mais parecida com a de Nietzsche do que com qualquer filosofia religiosa. Ambos acreditavam que o homem evoluiria até se tornar um super-homem (sem capa ou “S” no peito), evolução esta que seria “natural” e que não poderia ser evitada. A ironia aqui é que os seus comentários aqui sobre a Bíblia, sua veracidade, e o que Deus acharia dela, provavelmente seriam aceitos pelo Adolf sem hesitação.
Abraços,
– David
P.S. Quanto à sua outra pergunta, é só dar uma olhada no artigo do Daniel de novo: “Como toda alegoria, o autor provavelmente não intencionou que tudo fosse interpretado literalmente. E acredito que devemos dar essa liberdade a ele, pois é uma obra de ficção.”
Eu li q é ficção,,, mas quero saber até onde amiguinho,,, existe um mack,,, existiu uma missy,,, e ah o daniel pode ate ter respondido q hitler nao era cristao e sinceramente nao interessa , o fato é q o anti semitismo q fez a cabeça dele foi usada a biblia como referencia e o q perguntei é se a biblia trazia mais bem ou mal para nós,,, e como ja citado a biblia influenciou um livro q o influenciou… mas hitler ainda foi um cordeirinho comparado com o q os catolicos fizeram no passado seguindo a biblia né??
Vamos pelo menos assumir q ela faz bem para muitos e tbm foi o inferno de outros.
Prezado Juscelino.
É tudo ficção. Embora ao ler o livro isso fique no ar mas o próprio autor já afirmou que foi uma história que criou pros seus filhos.
Agora eu gostaria que você realmente parasse um pouco e pensasse na lógica que você está usando para tirar conclusões acerca da Bíblia. Sua lógica = A Bíblia fala sobre os judeus, E, Hitler odiou os judeus, PORTANTO a Bíblia causou um grande mal ao mundo trazendo a tona o Holocausto.
Pense bem meu caro, sua lógica da no mínimo uns 3 duplo twist carpados para chegar na conclusão. Seria a mesma coisa que eu pegar todos os Ateus que já assasinaram pessoas no mundo e chegar a conclusão que o ateísmo causa pessoas a se tornarem assassinos. Isso seria tremendamente injusto com o ateísmo e com os outros ateus que não fazem mal algum a sociedade.
Você não pode pegar um mal causado por alguns e depois generalizar sobre todos que acreditam em coisas semelhantes. Digo o mesmo sobre terroristas muçulmanos. Não posso condenar o Islamismo baseado na dor e sofrimento causado por alguns. Tenho que derrubar as idéias daquela visão de mundo.
Me junto a você condenando os atos da igreja católica no passado. Fizeram muito mal mesmo. Eles TORCERAM o ensinamento da Bíblia. Agora pela sua lógica, você acha que já que a Bíblia estava envolvida na conversa ela portanto não presta. A verdade é que por causa de homens que torceram a sua interpretação e a utlizaram para satisfazer seus desejos egoístas muito mal veio ao mundo. A culpa é inteiramente do homem que a usou mal. Não da Bíblia. A bíblia não fala em nenhum lugar que os muçulmanos devem ser mortos e Jerusalém recuperada para a nação Cristã.
Agora, por favor, nos poupe em dizer que Hitler foi um cordeirinho. Ele e Stalin mataram mais gente juntos que a maioria das cruzadas.
Por fim, todos os seus argumentos foram todos respondidos e refutados. Infelizmente, até o momento, você se recusou a responder tudo que foi contraposto até agora. Toda vez você volta, não responde aquilo que colocamos, inventa outro caminho e foge da discussão as vezes até torcendo aquilo que estamos dizendo. Por favor, ou retome os pontos colocados ou encerraremos a discussão por aqui pois ficará mais que claro que você só quer conturbar o ambiente e tem pouco interesse em dialogar. Esse seu último comentário sobre Hitler deixou isso bem claro pois ao receber uma resposta do David bastante convincente (até citando fontes) você diz apenas que isso não importa, aperta o botão do dane-se e chega a mesma conclusão de anteriormente. Favor mostre os buracos na argumentação do David para que a discussão continue, ou então admita que não tem mais argumentos. Se não importa, por que não? Você seria a autoridade final para dizer o que importa ou não?
Enfim, se tiver algo de útil para acrescentar, por favor o faça. Esse espaço não é somente para pessoas que concordam conosco. Mas pelo menos, se discordam conosco, que sigam uma linha de raciocínio lógico e respeitoso.
Abraço,
Daniel
Daniel,
Boa crítica 🙂
Pensei que pelo que as pessoas comentavam e pela popularidade do livro, encontraria um bom livro com apenas algumas partes que talvez não gostasse..mas acabei encontrando o contrário: são poucas as passagens que concordei e que me foram úteis..o resto é muito duvidoso, e outras partes definitivamente são erradas..
ler o livro pra mim foi cansativo no sentido de ter que ficar filtrando tudo que estava lendo à cada parágrafo (Jesus massageando os pés de Deus e ele falando q estava gostoso..OMG!)..se tornou uma leitura cansativa nesse ponto.
Vou ler O Peregrino, quem sabe finalmente encontre nele um livro para indicar para meus amigos não-cristãos..
Tenho vindo pouco aqui, mas da última vez, vi o post, corri pra comprar o livro, e termino hoje ou amanhã – daí venho aqui ler o post, os comentários, e, quem sabe, botar mais um alenha nessa fogueira.
Abraços!
Estou terminando de ler o livro,e confesso que ele me deixa em conflito.Porém, acho que a principal mensagem que o autor quer deixar é que Deus está mais próximo de nós do que a gente imagina e que ele é tão grandioso que não precisa de um momento só par ele…Ele apenas está lá,é só conversar que ele nos ouve… nos tempos atuais com tantas tarefas cabamos esquecendo disso.
Abraços
Respeito a critica do Daniel, que me ajudou bastante a esclarecer pontos de dúvidas, porém, como aconteceu quando li os capítulos finais do livro (que são altamente espíritas ao meu ver), me decepcionei pelo comentário colocado no tópico “Estranhei”. Em partes, realmente o livro tem razão. Há muitos preconceitos que precisam ser quebrados.
“Deus rebolando e ouvindo hip-hop. ”
Qual a música que Deus ouve?
Qual a dança que Ele gosta?
Infelizmente pessoas como nós falam de Deus como profundas conhecedoras do que ele gosta ou não de fazer, como se ele se encaixasse numa caixinha fechada por nossos preconceitos e paradigmas.
Fica aí minha crítica.
Boa noite a todos.
@Marilia – Note que isso estava na seção “Estranhei”, e não “Não Gostei”. O Daniel está simplesmente sendo honesto sobre o fato de que as coisas que ele aprendeu e acredita sobre a pessoa e o caráter de Deus não são facilmente compatíveis com um Deus rebolador que escuta hip-hop (estilo musical em que a proporção de letras boas para letras chulas é de 1:100).
Não acho que o Daniel tenha escrito como um “profundo conhecedor do que Deus gosta ou não de fazer”. Ele simplesmente disse que estranhou.
Você preferiria que ele tivesse mentido e dito que não estranhou?
Sou cristão. Li o livro por ter sido indicado por amigos. A ficção é boa – não surpreendente, mas leve e envolvente – . A teologia universalista não é boa. Não é uma obra cristã. Utiliza livremente um amontoado de citações e teologia popular. Conheço gente sofredora que encontrou consolo na Cabana, mas não encontrou Cristo. Se a intenção for apenas essa…
Sou cristã e achei muito interessante a discursão sobre Hitler, sei que não é está a questão, mas concordo inteiramente com o Daniel.
Quanto ao livro gostei muito da leitura, mas questionei vários pontos também. Como o Daniel disse quando o autor levanta um assunto polêmico, logo ele corre dele. Creio que o livro deve ser lido com muito cuidado, pois realmente pode confundir.
Ao mesmo tempo passei a ver Deus como uma figura mais paternal e próxima, já que tive um pai um pouco ausente, concordo quando o autor mostra que as vezes é difícil chamar Deus de pai se o seu pai não foi lá estas coisas. Mas crei totalmente no poder do perdão, mas acredito que além de amoroso, nosso Pai também é justo. Ele corrigi aos que ama.
Boa Noite e que Jesus abençoe a todos!
Geiza,
Obrigado pelo seu comentário e interação. Que Deus te abençoe ricamente!
Abraço,
Daniel
Valdeir,
Agradeço o comentário. No entanto, acho difícil classificar a obra como universalista. Ele nunca diz isso de forma clara, embora flerte com a idéia implicitamente.
E acho que existe muito de Cristo no livro também. Aliás, vejo o autor buscando enfatizar tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo no livro.
Enfim, não sei se eu chegaria ao ponto de dizer que o livro “não é cristão”. Mesmo se você acha isso, pode ainda usar o livro como ponto de partida com os seus amigos para falar de Cristo, mostrando aonde o livro é falho.
Abraço,
Daniel
Parabéns pela crítica, Daniel.
Li recentemente o livro e chegue a conclusões muito semelhantes às suas. A indicação foi de uma colega de trabalho. Já havia, inclusive, sinalizado pra ela algumas incoerências, já que ela não é cristã e não deve tirar conclusões precipitadas sobre Deus e sobre a forma como Ele age através do livro.
Outro ponto que você pode incluir no “não gostei” é o palavrão proferido pelo Mack, diante de Deus, para referir-se ao assassino de sua filha. Acredito, inclusive, que tenha sido um problema na tradução, não partindo propositadamente do autor do livro.
Abraços,
Marcelo
Prezado,
conheci agora seu blog pesquisando no ggogle comentários sobre o livro.
Digo de cara, que te achei muito prudente, inteligente, sabe analisar , enfim….vou ser sua leitora.
Alguns me perdoem , mas não consegui ler metado do livro, sou aficcionada por literatura cristão e ficção, mas essa foi difícil de engolir. Primeiro estranhei a editora, já fiquei desconfiada..a narrativa é maravilhosa, surpreendente…mas gente…quando MAC chegou naquela cabana..nossa foi difícil continuar…Algumas das minhas conviccões estão fora de debate..e não quero discuti-las aqui..mas enfim..que quiser ler que leia..pra mim não acrecentou em anda! AU REVOIR!
Marcelo,
Agradeço o comentário. O palavrão não foi problema de tradução não, está no inglês também. Mas como se trata do desabafar de um ser humano pecaminoso, eu não estranhei. Isso não quer dizer que eu aprovei o uso, mas realmente não estranhei.
Abraço,
Daniel
Tatiane,
Obrigado pela visita! Realmente em alguns momentos é dificil continuar a leitura, mas no final de contas existe algo que pode ser aproveitado sim. Como disse alguns comentários acima, mesmo se não houver nada de valor no livro (na opinião de alguns) ele está servindo como uma ótima porta de entrada para falarmos de Deus com não-cristãos.
Abraço,
Daniel
Terminei de ler o livro e não gostei muito do que li. Apesar do algumas coisas que foram escritas serem verdades, outras vão diretamente contra o que está escrito na Bíblia, que é a Palavra.
A primeira e mais óbvia para mim é a Santíssima Trindade se mostrar, literalmente, para Mack. O personagem principal pode ver e conversar com Pai, Filho e Espírito Santo. Cada qual com sua forma. A Bíblia deixa claro que isso não acontece em João 1:18; João 5:37 e 1 Timóteo 6:16.
Outra é a possibilidade que Mack tem de ver e conversar com seu já falecido pai e ver Missy. O que é contra Deuteronomios 18:11.
Achei o livro mto bom, pois retrata Deus sem a capa da religião, o que é ótimo, pois, compreendemos de fato que muitas das coisas que pensamos sobre Deus estão relacionadas a nossas crenças, por sua vez, fundamentadas no que nos disseram ser “verdade”e não o que de fato é…
por isto, Deus disse, Eu sou o grande Eu sou e ponto final, ou seja, não o que acham ou deixam de achar…
Ola Daniel, gostei demais do seu post sobre o livro, ainda estou no capitulo 9, mas comprei o livro q vi num outro blog, e estou gostando do livro,,, estranhei dos dialogos complexos de “Papai” mas estou continuando pra ver o final. Gostei do seu blog. parabens. Deus abençoe.
Daniel, sou um neofito na web mas gostei muito de seu blog e pretendo de agora em diante acompanha-lo, parabens .
Quanto ao livro, A Cabana, li, tambem não concordei com tudo, mas gostei muito.
Tambem achei muito interessante as outras participações, muitas pertinentes, outras nem tanto mas quase todas estimulantes.
Acredito que a Biblia é a grande referencia para quem acredita em Deus e, para quem não acredita, é o ponto de partida para para debates coerentes.
Porem , não acho a Biblia perfeita, sem erros. Pelo contrário, concordo com algumas posições do Juscelino, quando diz que houve muita interferencia humana na sua confecção.
acho que em grande parte a Biblia foi inspirada pelo Espirito Santo, mas em alguns trechos, atendeu interesses de grupos, raças e outras situações, tanto é que alguns livros dela são aceitos por uma religião e não por outras.
Não tenho aqui comigo agora um exemplar para citar com exatidão trechos que considero controversos, mas de memória posso citar uma parte onde Deus ordena que os jdeus circuncidem alguns gentios, convencendo-os a se converterem, depois manda que aproveitando do fato deles estarem convalecendo, ataca-los.
Quanto a temer, eu não temo nem nunca temi meus pais, sempre os respeitei, acho impossivel unir amor e temor.
Gostaria muito de abordar outros aspectos da sua brilhante analise do livro, mas fica para uma próxima.
Mais uma vez, parabens, abraços, Luis