Arquivado sob (Na Mesa) por Daniel em 17-11-2008
Nas minhas recentes perambulações pelos Estados Unidos, comprei alguns livros. Na verdade, comprei um monte de livros. Foram tantos livros que quase não entraram nas malas. Tantos livros que não cabem mais nas estantes de casa e, para o desgosto de minha esposa, estão empilhados no chão.
Um livro em específico chamou-me a atenção. Ele estava em quase todos os lugares que visitei. O via a venda nos supermercados, nos aeroportos, cafeterias, livrarias e na mão de diversas pessoas. De tanto vê-lo por aí, minha curiosidade se despertou. Fiquei ainda mais interessado quando disseram que era um livro “cristão”. Se bem que nos Estados Unidos chamam muitas coisas de “cristãs”, mas na verdade poucas realmente as são. Por isso resolvi dar uma olhada quando fui a uma livraria e acabei comprando.
O livro chama-se A Cabana (“The Shack” em inglês) e no Brasil é publicado pela Editora Sextante. Essa semana passei na FNAC e lá estava o livro na seção de “Mais Vendidos” com uma parede inteira dedicada somente a ele. Já vendeu mais de dois milhões de cópias no mundo inteiro e está virando uma febre internacional. Uma verdadeira batalha está travada sobre o livro. Muitos cristãos estão abraçando o livro como um divisor de aguas enquanto outros foram bastante críticos e afirmam que o livro é totalmente herético e descartável.
O canadense William Young é o autor do livro. Young era filho de missionários na Nova Guiné, porém sofreu um trauma muito grande nessa época a ser abusado sexualmente por alguém da tribo onde seus pais trabalhavam. Voltou para o Canadá e após certo tempo casou-se. No entanto, a mais de 15 anos, William traiu sua mulher e passou quase 10 anos em terapia buscando o perdão da sua esposa e seus filhos.
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Arquivado sob (Na Mesa) por David em 11-10-2008
Já estamos acostumados com um hit por ano estrelando Will Smith: nos últimos anos tivemos Eu, Robô; Hitch; Em Busca da Felicidade; e Eu sou a Lenda. O bom Will não nos deixa na mão com esta nova aventura, onde ele interpreta John Hancock, o super-anti-herói que dá nome ao filme. Hancock é, aparentemente, imortal, porém perdeu a sua memória há aproximadamente 80 anos. A falta de conexão com o passado, sua longevidade e sua consequente solidão (ele não sabe se existem outros como ele) causam uma erosão no caráter do nosso herói. No início do filme, encontramos Hancock desacordado num banco de praça, junto à garrafa de pinga que consumiu na noite anterior. As primeiras atuações do “herói” mostram como ele é descuidado, exagerado e sem preocupação pelos inocentes que rodeiam sua área de ação.
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Arquivado sob (Na Mesa) por David em 03-10-2008
Os filmes da Pixar (Toy Story – Um Mundo de Aventuras, Vida de Inseto, Monstros S.A., Procurando Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille, etc.) são caracterizados não só pela animação gráfica excelente, mas também por seus roteiros inteligentes – as piadas trocadas pelos personagens formam grande parte do humor do filme.
Com Wall•E, a Pixar prova que não precisa depender das conversas entre personagens para produzir uma história engraçada e cheia de momentos emocionantes. O fato é que vinte minutos passam antes que se ouça a voz dos personagens principais. Porém, ao chegarmos a este ponto, já conhecemos bem o protagonista e a sua personalidade.
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Arquivado sob (Na Mesa) por David em 29-09-2008
Esta resenha pode até vir um pouco tarde, já que o filme Tropa de Elite saiu nos cinemas em Outubro de 2007. Não tive oportunidade de ver o filme durante a estréia, já que estava fora do Brasil, mas encontrei o DVD do filme nesta semana e fiquei interessado em assistir a uma história contada sob o ponto de vista policial. O Brasil está ficando cada vez mais famoso por filmes como Cidade de Deus e Cidade dos Homens, que contam a história das favelas fluminenses pela perspectiva dos traficantes. Antigamente, quando alguém descobria que eu sou Brasileiro, a reação era: “Ah, Brazil…football, Ronaldo!” Em outras raras vezes, mencionavam o Cristo Redentor, o rio Amazonas, as cataratas do Iguaçu. Bons tempos aqueles. Hoje em dia, quando revelo minhas ilustres origens (e as considero ilustres sim, sem ironia–amo o meu Brasil), a única pergunta que fazem é: “Como é que vocês conseguem viver com toda aquela violência o tempo todo? Você mora numa favela? Perto de uma? Já levou tiro de policial? A polícia é toda corrupta mesmo?” Eu era feliz e não sabia. Prefiro mil vezes ter que responder que “Não, não conheço o Ronaldo pessoalmente” do que ter que dar uma lição de cívica pra gringos cujas percepções do mundo são formadas, em grande parte, pelos filmes que eles vêem sobre países que nunca visitaram. Nem pra fazer um Googlezinho ou uma Wikípédiazinha…é deprimente.
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