Por que “mastigue.com”?
Arquivado sob (Mastigando) por Daniel em 21-09-2008
O nome parece estranho para um blog, ou pelo menos para um blog que não faz críticas a restaurantes. Porém nós achamos que ele é perfeitamente adequado aos nossos propósitos.
O mundo atual é fã da preguiça mental. As lutas dos séculos passados pela liberdade de pensamento desencadearam, no século 20, a obsessão pela liberdade de expressão em todas as suas formas. Infelizmente, no meio desta jornada, perdemos o valor de ambas as coisas pelas quais milhares de vidas foram sacrificadas: pensamento e expressão.
Pensamento, no contexto da nossa era, é algo reservado aos acadêmicos. Expressão, ou pelo menos o tipo de expressão que é considerada relevante pela nossa sociedade, é fruto de atores ou compositores. Ambas as coisas são feitas por outros, para o consumo do cidadão “comum”. O cidadão, por sua parte, não quer mais parar, esperar e muito menos pensar. Tudo tem que ser rápido, breve, instantâneo e picadinho, pois tudo o que exige muito esforço é fatigante (só pra você ver, tem gente que só de ler esses três parágrafos já cansaram de ler).
Nas escolas, queremos tudo mastigado.
No serviço, queremos tudo mastigado.
Em casa, queremos tudo mastigado.
E é por isso que a televisão faz tanto sucesso! Porque assistir televisão não requer esforço algum e tudo chega bem mastigadinho. Nós, quando telespectadores, sugamos tudo feito esponjas, sem o menor esforço. Somos doutrinados inconscientemente e nem tentamos processar aquilo que está sendo despejado na nossa mente.
Nossos cérebros, por falta de uso, caminham para a aposentadoria. Desse jeito, já podemos deixá-los na fila do INSS. Se não vamos usá-los, por que não aposentá-los?
Chega dessa preguiça mental. Chega de buscar o caminho mais curto. Não agüentamos mais ver a nós mesmos e às pessoas que nos rodeiam seguirem nessa trilha apática. Por isso queremos que você junte-se a nós e mastigue!
Mastigue o que você vê pela televisão.
Mastigue o que você lê no jornal.
Mastigue aquilo que as pessoas falam pra você.
Pare, pense e analise aquilo que está ao seu redor. Esse blog é pra quem ainda não aposentou seu cérebro. Ou para quem o fez e viu que a vida de aposentado não é tudo o que dizem. Enfim, para quem quer pensar um pouco na vida, seja bem-vindo(a).
Não seja apenas mais um. Seja relevante. Mastigue.
~ Daniel e David
Bom, estou empolgada para mastigar um pouco com vocês (eca!) apesar de ser uma mastigação um pouco mais lenta por ter muito neuronios a menos e um dente (literalmente! O dentista arrancou na quinta!) faltando. Beijos de uma irmã que ama e admira esses dois homens pensadores!
gostei bastante porque o convite à mastigação propõe pragmatismo, coisa que é um pouco difícil de achar em teóricos.
vamos logo pro exercício 2!
abraço e sucesso!
Grace e Lísias, bom vê-los por aqui!
@Grace – espero que a sua boca esteja melhor. Arrancar dentes depois dos 10 anos de idade é cruel (e já era ruim naquela época!).
@Lísias – se com pragmatismo você quer dizer ação, prática, ao invés de ficar apenas na teoria, é por aí sim! Mas é bom lembrar que a teoria do pragmatismo, filosoficamente definida, acredita que “só a ação humana, movida pela inteligência e pela energia, pode alterar os limites da condição humana.” Creio que nem eu, nem o Daniel, cremos que a ação humana seja o único fator que limita a condição humana. Temos um papel importante e sério nesta história sim, mas não podemos esqueçer que tudo acontece sob o controle de Deus, e que as ações humanas que mais enobrecem a nossa condição são aquelas que trilham os Seus propósitos. Abraços!
Nossa gente, eu implico tanto com as pessoas, meus irmaõs em cristo que dizem que não tem tempo p/ ler, já pensou? se nossos irmãos estão assim, que dirá o mundo para onde vais mesmo? gente acorda, mastigue muito e v ê se rumina a palavra de Deus! abraços
Este site e de mastigar porem sobre um ponto de vista, ou uma perspectiva crista? E dotado, ou valoriza mais os pensamentos que sao influenciados por espiritualidade ou religiao?
E que sou agnostica, ate um ouco mais para ateu, ai nao ousaria a participar porque posso ofender, mesmo sem querer aos que se sentem totalmente integrados em espiritualidade ou religiosidade.
Olá Tania,
Pode participar e comentar a vontade. Não somos ultra-sensíveis e sabemos que muitas pessoas vão discordar conosco. Aliás sabiamos disso antes de começar o site. Na nossa visão essa conversa é benéfica (pros dois lados). Aqui no mastigue.com não somos ditadura e qualquer um pode comentar. Sempre dentro dos limites da decência e respeito a outra pessoa claro. Debater idéias é justamente o que queremos.
Abraço e um feliz natal,
Daniel
Ai! Ate agradeco os votos de Bom Natal.
E que ao ouvir uma discursao sobre as influencias culurais e politicas dos USA sobre o Brasil foram citados certos valores como sendo de origem norte americana. Em citando estes valores como tendo uma origem num pais no caso o americano, digo: liberdade, busca a felicidade eigualdade etc. parece perder se o sentido de que estes sao ideias e valores humanos, naturais em todos os humanos. A independencia brasileira, a abolicao da escravidao no brasil assim como o movimento dos anos 60 nao expressam menos desejo a liberdade ou busca de felicidade, ou igualdade. A historia da humanidade e cheia de buscas de como viver estes valores e ideais. No brasil ha pouca ordem porem ha progresso. Digo que o desenvolvimento destes valores no brasil pode ter suas raises na historia brasileira, e nao necessita um copiar. Tem sido a vontade de copiar que andaram matando a criatividade e autenticidade do povo brasileiro.
Tambem me pareceu que quando se examina a cultura USA, que so mesmo recente se exibe ,mais o que por seculos foram negadas, em faz de conta que nao existe, a tendencia e de outra vez resistir uma analise mais profunda USA. Acho que isto se deve a constane tendencias de fazer se comparacoes, e nao deixar que cada historia e experiencias possam tambem existir e ser examinada em sua individualidade. Um exemplo disto e o silencio total em todo o mundo do impacto que tem tido no americano o fato de ter bombardeado severamente o japao com bombas nucleares. Todas as vezes que se discutem este evento, que sao poucas, ignoram se o impacto deste ato.no psique americano
O mesmo fenomeno pode ser observado tambem na historia de relacoes racias nos USA. Parece que o idealismo e o idealizar sempre cobre quaisquer necessidade de uma honestidade total. Uma pessoa que convive aqui por muitos e muitos anos e que com o tempo pega as nuancas diarias destas relacoes, fica como eu, com vontade de mais profundeza e de mais honestidade.
Ainda mais interessante e a situacao do homosexual nos Estados Unidos. No mes passado morreu a pauladas um jovem latino que caminhava junto ao seu irmao. Isto ocorreu na cidade de Nova Iorque. Os assassinos gritavam frazes contra imigrantes e contra homosexuais ao mesmo tempo que o matava. Uma discursao que aborda os direitos de homosexuais de se casarem, ou criar familias parece sulrealista, quando na cidade mais liberal do pais algums nao os querem nem deixar existiir. A maior ironia foi que o jovem nao era homosexual, e sua familia financeiramente independente, o que geralmente e um argumento para barrar imigrantes, a falta de recursos financeiros..
Bem ja dei poucas das minhas ideias por agora.
Um abraco!
Olá Tania –
Bem-vinda ao site, sinta-se à vontade para comentar sobre os artigos e juntar-se aos outros pensando e debatendo sobre os temas que examinamos aqui.
Você está coberta de razão quando diz que estes valores estiveram (e estão presentes) em outros movimentos e países. A minha idéia não era dizer que só os americanos tiveram esses ideais, e sim que eles eram valores essenciais ao início daquele governo, e que são valores que merecem ser emulados. Na minha opinião, a força daqueles valores e o desejo de implantá-los em toda parte do governo é, em grande parte, o que tornou o sistema americano de governo, legislação, e justiça algo digno de ser copiado por tantos anos. Outro grande fator que muitas vezes é esquecido é a ética judeo-cristã que formou a base moral sobre a qual foram construidos aqueles sistemas. E para mim (como Cristão) é interessante observar que o declínio do “império Americano” tem ocorrido de forma diretamente proporcional à medida que eles tem fugido daqueles padrões fundamentais de ética e moral. Então ao mesmo tempo que tentamos evitar repetir os erros dos americanos, não podemos esquecer aqueles princípios fundamentais (alguns dos quais infelizmente fazem falta no nosso governo também).
Existe sim uma falta de honestidade em muitos quando examinam a história dos americanos (e dos brasileiros também). Afinal, quem escreve a história são os conquistadores, aqueles que ganham as guerras. Mas não como negar que mesmo com todas as suas falhas, a liberdade de imprensa lá permitiu que pontos de vista alternativos fossem ouvidos, se não na mídia principal, pelo menos de forma escrita. Um exemplo disso (que toca num exemplo que você mencionou) é o interessantísimo Hiroshima: Why America Dropped the Atomic Bomb. Este livro, vendido abertamente, questiona a história oficial e até sugere que o governo tenha mentido para o povo. O contraste com a nossa censura, que só “acabou” recentemente (mas que na prática continua de diversas formas) pode ser visto.
Acho que deu pra esclarecer um pouco a intenção da discussão no podcast. Com certeza estes valores também estiveram presentes da nossa história de diversas formas. Concordo com a necessidade de examinarmos cada cultura e história no seu próprio contexto, mas isso não significa que não possamos reconhecer o que há de bom em outras culturas e incorporar estas coisas na nossa, não concorda?
Feliz Natal!
– David
Aos nos iludirmos com os valores morais e eticos que os cristaos alegem serem donos, nao precisamos dos ganhadores de guerras nem conquistas para examinalos. A tendencia em usar a historia, real, ou idealizada dos Americanos impedem o desenvolvimento de outros paises. Nao estou falando de desenvolvimento concreto, nem material. Falo de um desenvolvimento mais em termos metafisico. Como exemplo usarei o desenvolvimento humano. Um bebe se desenvolve. Sem os seu pais adotam o que ha por perto. Se fosse criado como macaco, continuaria com o potencial da fala, porem surgiriam soms, mais nao palavras. Ele andaria como o macaco etc. Com a adicao dos pais neste cenario, o ser humano tambem desenvolve, porem vem se tornar um fenomeno mais complexo e formam uma sociedade mais adequada ao meio ambiente, que em si foi tambem, em parte desenvolvido por ele. Em se formarem sociedades tambem se forman imperios. A formacao de imperios tem uma heranca bem antiga, e parece ser parte inseparavel do desenvolvimento de sociedades. Acontece que, assim como os filhos ao se desenvolverem sao obrigados a se destacarem de seus pais, e aprenderem novas licoes, ou seja, pelo menos explorar, as colonias tambem necessitam de se soltarem e se destacarem do imperio.
Se por acaso mastigarmos o desenvolvimento, e a historia humana, o aparecer do cristao e algo jovem, recente. A cristianidade em si e montada na historia de seus antecedentes, so que nao se destaca em geral dos pais, assim como nois preservamos familias de origem, mesmo ao alcansar o desenvolvimento maximo.
No caso dos USA, a sociedade e suas raizes cristas sao formadas do ponto de vista protestante. No brasil a influencia original e mais catolica. As nuancas nas diferencas destas duas ideologias cristas sao pouco apreciadas nos atuais protestantes brasileiros.
meu amigo fala de uma ilusao de uma certa liberdade americana e de uma imprensa mais livre. penso que isto se deve justamente pela a falta de convivencia diaria com a falta de liberdade americana, a que e mais escondida, a que so mesmo em tempos recentes se expoem um pouquinho mais. O livro que meu amigo se refere nada de valor analitico do impacto no psique do ato de destruicao nuclear no japao se acrecenta. Os americanos em geral nao ve a si mesmo como imperio. Em quanto isto, o brasileiro assim como quase todos no ocidente usa o modelo americano na cabeca, como a crianca usa os pais, ou a colonia usa o imperio. Ficou faltando uma etapa muito importante no caso do brasil, e no caso de religioes em geral, neste caso a cristianidade. Fica faltando o pedaco do pecado dos pais, o pecado de deus. A ilusao de que o pai destroi para salvar, ou destroi por amor e um “default”
Aqui ja e mais uma questao pessoal minha, e nao tentativa de mudar a cabeca de ninguem, porem, sem descartar a religiao, mesmo mantendo a espiritualidade, estamos condenados. Nos tornamos cego por pensar que a religiao, crista ou nao, e parte integral do desenvolvimento humano. Assim como a infantilidade em pensar que a apreciacao dos valores americanso e necessaria no desenvolvimento do brasil. Antes de chegarmos a um grau mais maturo de sociedade seria mais saudavel encontrarmos dentro, e nao fora, onde estariam nossos pais em forma metafisica. Uma certa dependencia que nunca foi descartada, porem so transferida de um imperio para o outro e um “default”
Meu amigo, uma vez com muitas intimidades com a vida vivida na america descobrimos que falta liberdade intensamente, se a liberdade tem como fundamento a cultura e historia brasileira, real ou idealizada. E que a historia brasileira, como indicastes tem o ponto de vista do conquistado . A liberdade nao e so definida por quantas discurssoes de levam a cabo, ou o falatorio americano. E bem facil confundir este falatorio, este barulho como informacoes transmitidas. Se meu amigo abordar qualquer americano, ele pode citar sua historia de quadro a verso. Por acaso nao falo de historia tipo coisas de historiadores tipo da escola ou de livros. Falo da “conciencia” que o americano explica de si mesmo. Ele pode citar eventos dentro de um barulho que acho ate bom e gostoso. Porem tambem estara num esforco que, para mim que sou brasileira, parece ser demasiado, em esconder alguma coisa. Se por acaso voce catucar um pouqunho, ele vai te destruir. Outra vez, nao falo de destruicao concreta necessariamente. Falo dele tapar os ouvidos, te isolar, ignorar, e ate mesmo verbalmente tentar arrazar contigo atravez de insultos.
veremos, eu com certas faltas de surpresas estes barulhos em breve. Ate ja comecou, sobre a legenda do governo Bush. Assim como o Reagan foi cononizado, tenho certeza que, depois de um certo tempo tabem iremos idealizar Bush, e no futuro Obama. O que esta por de traz e bem mais dificil de se chegar, Podes cre quando te dogo que soltar uma bomba nuclear que possa vir a destrir todo o planeta por aqui tem um dom idealista e critao. Nada e mais importante do que perder o imperio. Sem poder enchrgar o pecado dos pais morreremos sem ter chegado a faze mais matura da terra e do brasil.
Tania –
1) Sob o ponto de vista Cristão, os valores morais/éticos positivos pertencem a Deus, e não a nós. Não estamos monopolizando nada nem dizendo que somos donos de nada. Por favor, evite colocar palavras nas nossas bocas.
2) Se o ser humano, na falta de outros seres que sejam mais desenvolvidos, não se desenvolve em nada mais do que um macaco balbuciante, isto claramente aponta para algum ser mais inteligente que, em algum ponto, tirou um ser humano da sua ignorância balbuciante e iniciou os seus conhecimentos de linguagem, cultura, e sociedade. Concordo plenamente que isso seria necessário e que o ser humano não conseguiria evoluir estas habilidades por si mesmo. Para o Cristianismo, foi Deus quem, quando criou o homem (sem entrar nos pormenores de como e quanto tempo durou) o fez à sua semelhança, com as habilidades de se comunicar e se relacionar com outros seres. E foi Ele que iniciou os seus conhecimentos de cultura, sociedade, linguagem, etc. Como você responde a esta questão do “guia ausente?”
3) O Cristianismo tem apenas 2,000 anos, porém tem as suas raízes no Judaismo, que vai até cerca de no mínimo 2,000 a.C. Se quiser chamar isto de jovem, tudo bem, mas ser jovem não é sinônimo de estar errado.
4) Tendo morado no Canadá e Estados Unidos e com familiares e amigos que são de lá e continuam morando lá, creio que tenho um pouquinho de idéia das diferenças entre as conseqüências dos fundamentos ético-morais católicos, no meio dos quais cresci no Brasil, e dos fundamentos ético-morais protestantes nos Estados Unidos, os quais experimentei por mais de dez anos, recentemente. Ninguém está dizendo que não existe diferença entre o Brasil e a América, ou que os valores sob discussão deveriam ser emulados por serem americanos. O que não queremos é ignorar que vários valores bons ainda existem nos EUA, assim como existem no Brasil, e em outros países do mundo. Fica difícil ter uma conversa sobre o assunto se você ficar presumindo que estamos dizendo coisas que não estamos dizendo…
5) Você já leu o livro que indiquei? Se não, então por favor evite dizer que ele não acrescenta nada sobre o impacto dos bombardeios nucleares na psique dos EUA. Na verdade o livro trata muito bem deste assunto.
6) Por favor, no futuro, evite caracterizar as posições de outros comentadores como “infantis” ou “imaturas”. Estamos aqui para manter um debate civil entre pessoas de posições divergentes.
7) Outra vez você torceu o que eu disse: “em pensar que a apreciacao dos valores americanso e necessaria no desenvolvimento do brasil”. Ninguém disse que isso seria necessário. Simplesmente dissemos que seria bom apreciarmos os valores positivos que os americanos ainda tem, e não jogarmos os mesmo fora com os outros que eles já perderam. Se o país sob discussão fosse a Suiça, diria a mesma coisa sobre a sua neutralidade e busca pela paz.
Vamos tentar conversar sobre os pontos que o outro colocou, ao invés de criarmos nossos próprios pontos usando as nossas versões do que o outro disse (ou melhor, não disse). Creio que a discussão será mais proveitosa para todos se fizermos assim.
– David
Talvez as grandes confusoes aqui sao devidas a minha pessima maneira de comunicar o que pensara. A minha intensao nao foi de minimizar o seu ponto de vista, ou os de qualqer outro. Tao pouco quiz interpretar o que foi dito. Em algums ponto sim acho que entrei em discorde.
Acho que nao fui eu quem definiu certos valores como sendo ou cristao ou americanos. No fundo ate estou de cordo que: A busca da felcidade, da igualdade, justica e, e putros valores quais considero prova de evolucao humana, vale apena ter apego, e vale apena explorar los mais e mais ao fundo. Todo o meu barulho foi um esforco de disvincularlos tanto de serem americanos como cristaos. A minha referencia a infantilidade e imaturidade nao foi em direto referido ao que se foi dito por ti. Foi sim a minha opiniao sobre religioes em geral. Em particular as dotrinas crista que esta vinculada ao brasil e a que estao vinculadas aos USA foi mais tambem o meu parecer de que os brasileiros nao tiveram a oportunidade de mastigar bem estas influencias catolicas, que vieram inceridas no imperio portugues. Porem eles metabilizam estas influencias com a adocao da doutrina crista catolica na cultura geral brasileira. O exemplo mais nitido que posso oferecer se a mixtura do catolicismo com o africanismo a indigino brasileiro. Estava tentando dizer que, enquanto no brasil se faz muito no dia a dia com a historia e istoria brasileira, se discute pouco. Acho que vai mais pra musica, para o carnaval. e os varios rituais brasileiros que mostram uma cultura vivida porem pouco discutida. Enquanto que aqui nos USA, na minha opiniao vivemos uma cultura bem discutida porem integrada de maneiras diferentes do que se desenvolveu no brasil. A influencia que tud isto vem a ter nas relacoes raciais e sociais fazem com que os dois paises se encontrem em posicoes diferente, apezar de terem algumas coisa em comum. O que tentava dizer era mais a respeito do copiar, adotar os valores discutidos, como sendo americanos ou cristaos. Concordo em pleno que sao valores que devemos incentivar, porem sem discartar e experiencia brasileira quando se referindo ao brasil, ou a experiencia americana quando se referindo aos USA. Tambem aqui e questao de minha opiniao, ou seja, eu nao acho a opiniao de algum outro menos valiosa, so diferente.
Na questao de religiao e na questao do aparecimento de cristo e sua doutrina, tambem quiz so chamar a atencao de como ela as vezes sao vividas aqui, e as partes onde os brasileiros, por serem os conquistados e nao os conquistadores talvez as vivenciam de maneiras diferente.
Outra vez so minha opiniao, e nao diminuindo a opiniao de mais ninguem. O Brasil viveu por muitos e muitos anos sobre a igreja catolica, e mesmo sem falar muito a respeito disto, ele absorveu enquanto nela tambem lancava as outras partes de si. Aqui nos USA os africanos e indigenas nao tiveram a mema experiencia. A doutrina crista foi adotada com mais totalidade. Alguem como eu, por exemplo, que sou menos religiosa e posso ate chegar a ser definida pr eles como ateu, corro o perigo de poder ser malhada. Poss ser malhada concretamente, como morreu aquele que pensavam era homosexual, ou posso ser malhada simbolicamente com insultos ou encarando barreiras sociais e financeiras. Eu estava querendo dizer que estas coisas no americano podem serem facilmente idealizadas. Veja so! Quando digo idealizada nao quero dizer que isto e rium, ou que se deve jogar fora. So o ressaltei porque estava me referindo a isto quando digo que eles nao querem ser catucados. Foi ai tambem que falei do livro que meu amigo citou. Eu o li sim, e vi uma analise bem superficial do que pode ter levado o americano ao bombardeio do japao. Outra vez, darei minha opiniao, e nao que ro que penses que eu a vejo como sendo superior.
Os atos de guerra em geral onde estao involvidos os americanos nunca sao discutidos como atos de agressao. Eles sempre discutem suas guerras como mau necessario. Eu sei que eles abordam sim sua historia de 240+ anos e mais ou menos 200, ou guerras, ou conflitos.
A maior parte dos americanos apoiam e ate mesmo lutam pelo o direito de carregarem armas de fogo. Eles tem ums conflitos com a pena de morte, porem o matar do crimnoso sempre acaba vencendo. Nao digo de forma alguma que isto os facam serem nem mais nem menos agressivos do que ninguem, nem que eles devem serem indesejaveis por causa disto. Eu digo sim, que na minha opiniao, esta maneira de serem agressivos sao idealizadas or eles e tambem pelos os que eles influenciam. Ai e que fica pegajoso a questao de religiao e de cristandade.
Como eu havia dito que a doutrina crista e jovem e foi montada sim na religiao judaica, a qual tembem deve, ou quem sabe nao ter sido montada em cima de outras religioes, ou guerrearam com elas?
Me parece que o ato de matar o filho, u matar o jovem sao rituias que religioes antigas tambem praticaram. Eu, como nao sendo religiosa, mais considerando a existencia de um possivel criador, ou deus, o adoto de maneiras diferentes. Por isso pedi licensa para a discurssao e me declarei nao religiosa ate com medo de ofender. Na realidade eu nao vejo nemhum mal em as pessoas terem, praticarem religioes, ou ate mesmo terem fe, acreditarem na biblia etc.
E que, em materia de criacao e criador, eu vejo por um outro prisma. Eu acho que religiao e deus nao sao um fato consumado, ou pelo menos nao sao fatos que chegaram ao fim, e sim um fator de evolucao humana. Eu vejo cristo e seus ensinos como um passo adiante na humanidade. So que eu nao creio que o espirito de Deus estava na biblia, nem que cristo era para ter sido adotado na biblia, e sim veio para que houvera o divorcio da biblia. Ter incerido cristo nas conquistas e ter resistido ao seu total abandono a violencia acho que e a volta ao pecado dos pais, ou o que eu chamo de “default” ou regressao. Foi por isto que dei o nome de infantilidade. nao e que eu ache que os cristaos sejam infantis. E que eu acho que a evolucao espiritual ficou truncada quando a agressao e abordada pelo ponto de vista religioso. Nao acho que e so o cristao, porem acho que era tarefa do cristao de abordar a agressao de outra forma. Quando ele se levanta contra o aborto, estou com ele em espirito, porem nao em metodologia. Quando ele se levanta para protejer o direito de portar armas ou o apoio a pena de morte, me perdi dele. Quando ele vai a guerra, dentro de condicoes onde e o agressor, me perdeu. Nao e que deixei de comprendelo, ou quero que ele me abandone, ou eu abandonei porem eu o vejo de maneira diferente do que me parece que ele ve a si mesmo.
Nos anos recentes nao ha pais que tenha influenciado o mundo, principalmente o mundo ocidental mais do que os USA. Acho que no balanco as influencias tem sido boas e positivas. Quando eu ouvi seu programa comprendi bem o alerta de nao chutar no chao o companheiro. Eu vivo aqui ha 35 anos. aqui estudei e criei meus filhos. Sou casada com americano depois de ter falahado num casamanto com um brasileiro.que durou 23 anos. Tenho familia e contato frquente com o brasil, inclund ferias todos os anos.
Eu nao acho que as minhas experiencias daqui sao superiores aos que estudam ou tem um contato menos intenso com os americanos. Eu conheco muitissimos brasileiros que vivem aqui ate mais tempo do que eu, e que discordam de minha maneira de ver e sentir estas experiencias. A unica referencia foi a de que no dia a dia nois vivenciamos certas coisas que nao sao ditas, ou que sao ditas diferentemente atravez dos tempos. Os americanos que encontrei logo apos a guerra do Vietnam, nao sao os mesmos americanos que vemos hoje.
Voltando ao assunto de agressao, ele e muito expansivo so para uma sentada. E que eu me preocupo sim com o potencial da agressao no americano vendo eles se sentindo ameacados de perderem seu imperio. Quanto a isto eu nao tenho um julgamento moral, orem acho que se deve em parte na escondida de si mesmo de como e que eles veem a agressao em si. nao e dificil ouvilos atribuir a agressao como sendo cisa alheia, e a si mesmo como sendo herois de salvacao. E so neste eixo que o questao deles como religiosos comoventes em sua adesao ao apocalipse e que da medo. em certos circulos muitos falam em fazer acontecer o tal do apocalipse. E mais ou menos por ai que muitas coisas parecem se esconderem atraz de valores de liberdade e de igualdade, onde eles se veem como obrigados e levarem mundo a fora.
Outra vez, so na minha opiniao, nois, os brasileiros, assim como muitos no mundo ocidental e cristao, me perece nos vemos um tanto infaltilmente cegos ao potencial da matanca como salvacao. A minha opiniao e esta baseada na relacao com religiao sendo uma que nao e baseada em fe, mais em religiao como sendo uma espiritualidade truncada na sua evolucao. Diante mao me perdoe por nao ter fe em religiao. Nenhuma delas, orem sou uma admiradora eterna dos ensinamentos de cristo. E que e vejo o “default” como sendo uma perversao. Acho que devo me explicar o que quero dizer como perversao. nao me refiro a questoes de crueldade nem de sexualidade. me refiro a perversao como om mecanismo mental de reverter ao contrario os obejetivos das coisas. Ou seja, o objetivo era de avancar a humanidade, porem a ignorancia humana em nao poder entender cristo lanca um objetivo de exterminar a humanidade.
Obrigada por agora.
Tania
Olá Tania –
Os assuntos abordados são vários e creio que no futuro poderemos abordar vários deles no site. Na verdade estou gostando muito das suas contribuições, porque apesar de tratarem de vários assuntos, justamente por isso contém muitas idéias para novos artigos e discussões. Sendo assim, não vou tentar responder a tudo, deixarei a maioria dos temas para outras ocasiões. Mas quero fazer três comentários:
1) Sei muitíssimo bem o que você está dizendo sobre a discriminação subversiva em certas partes dos EUA contra aqueles que não são religiosos/cristãos. No entanto, vale a pena lembrar que os EUA são enormes, contendo diversas culturas e sociedades dentro da sociedade maior. Em muitos círculos sociais, a discriminação é contra aqueles que são religiosos — já senti isso na pele, infelizmente. A tristeza maior é a própria existência da discriminação em geral, por qualquer razão.
2) Acho que se sentássemos num Starbucks para conversar, achariamos mais pontos onde concordamos sobre os rumos que os EUA tem tomado do que pontos onde divergimos. Lembro que me deu um frio na espinha quando voltei aos EUA em 2002 e me deparei com este cartaz enorme no lado de um prédio: Liberty and Justice. Me deu um curto-circuito no cérebro, perceber que os americanos estavam simbolizando justiça usando um soldado carregando uma metralhadora. E era um cartaz bem profético do que viria nos 6 anos restantes do mandato de Bush.
3) Uma grande parte dos Cristãos também crê que o “default”, ou padrão, da humanidade é a perversão das coisas, agindo de forma diferente do que deveria ser. No nosso meio chamamos isso de depravação do ser humano. É justamente por causa desta depravação, e da falta de habilidade que o homem tem de acertar a sua vida por si mesmo, que o Cristão se lança sobre a misericórdia de Deus e sobre a sua graça. Na verdade esta é a base do Cristianismo puramente e simplesmente definida: o reconhecimento do nosso estado perverso ou depravado, e o reconhecimento de que precisamos da graça de Deus e de sua misericórdia em Cristo para botar as coisas no rumo correto, em todas as áreas da nossa vida. O resto são detalhes.
Um abraço, e mais uma vez obrigado pelas suas contribuições. Acho que agora vou “take a break” de responder pois tenho que terminar alguns artigos para o site!
– David
Nao e preciso responder tao logo. O importante e poder ter estar certo de que nao intento ofender a ninguem.
Os temas sao sim varios. Uma das dificuldades e de tratar destes temas separadamente porque as vezes eles parecem se interrelacionar.
Ando escrevendo um livro com algums dos assuntos, so que escrevo melhor em Ingles. Isto se deve em parte por usar materias que discuto e leio aqui. A outra parte e que aqui eu completei meus estudos depois de sair do Brasil no meio do segundo grau.
Se eu tiver muito boa sorte eu completarei o livro em Ingles, e depois ele sera traduzido.
Abracos.
Tania